Durante nove dias o povo parisiense velou o corpo embalsamado do maior gênio literário do século XIX, tendo desfilado diante de seu caixão humilde mais de um milhão de pessoas. A 1º de junho, pelo alvorecer, o esquife foi transferido para o Arco do Triunfo, em Paris, de onde saiu para ser exumado no Panteão, o monumento fúnebre dos heróis nacionais. Dois milhões de admiradores compuseram o cortejo, cuja ordem foi mantida pela mobilização de dez mil soldados.
Outros números também impressionam: participaram do enterro delegações de 141 municipalidades, 155 círculos políticos, 200 sociedades de socorros mútuos e previdência, 141 câmaras sindicais, 61 sociedades de livre pensamento, 43 associações militares, 122 escolas, 38 organismos estrangeiros, 161 sociedades artísticas, mais o corpo diplomático da França.
O Cardeal Arcebispo de Paris, durante a agonia de Victor Hugo, tentou ministrar-lhe os sacramentos, no que foi veementemente repelido por Edouard Lockroy, amigo do poeta.
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